Como estruturar metas ESG que realmente saem do papel

terça-feira, jul 08

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Escrito por Paulo Rato

Categoria: Empreendedorismo

Sustentabilidade sem execução é só discurso. E, infelizmente, esse ainda é o maior obstáculo de muitas empresas que querem avançar no ESG: definem metas genéricas, sem prazo, sem plano e sem dono.

Ficam bonitas no papel, mas não transformam a realidade da operação.

E quando isso acontece, o ESG vira um acessório. Perde credibilidade interna. Vira só mais uma pauta no slide de apresentação, sem ligação real com o negócio.

É por isso que a Sustaneo defende que toda meta ESG precisa nascer com três elementos básicos: intenção estratégica, estrutura de execução e responsabilidade clara.


1. Comece pelo essencial: qual o impacto que sua empresa quer gerar?

Antes de escrever metas, sua empresa precisa ter clareza do porquê.

Não adianta dizer “vamos reduzir plástico” se isso não tem conexão com o seu setor, operação ou clientes. Comece mapeando seus principais impactos (ambientais, sociais e de governança).

Depois, escolha 1 a 3 áreas prioritárias para o curto e médio prazo.

Exemplos:

  • Se você é do varejo, talvez o maior impacto esteja na embalagem e consumo energético da loja.
  • Se você atua com serviços, pode focar em clima organizacional, diversidade e transparência.
  • Se tem frota, olhar para emissões e eficiência logística faz mais sentido que querer “zerar resíduos”.

2. Transforme boas intenções em metas SMART

Toda meta ESG precisa ser específica, mensurável, alcançável, relevante e com prazo.

Veja o contraste:

❌ Meta genérica: “Reduzir o consumo de energia.”
✅ Meta estratégica: “Reduzir o consumo de energia elétrica em 10% até dezembro de 2025, em comparação com a média de 2023.”

Só com essa estrutura já é possível:

  • Definir quais ações contribuem para a meta
  • Alocar orçamento ou equipe para viabilizar
  • Monitorar o avanço mês a mês
  • Comunicar com verdade

3. Quem cuida? Quem cobra? Quem executa?

Uma das maiores falhas em ESG é a ausência de responsáveis claros por cada meta.
Não adianta dizer que “a empresa” vai fazer. Delegue. Divida. Acompanhe.

Se possível, crie um comitê de sustentabilidade com representantes de diferentes áreas, e uma planilha centralizada com o acompanhamento das metas trimestralmente.


4. Comece pequeno, mas comece

Muitas empresas não tiram suas metas ESG do papel porque tentam abraçar o mundo. Querem resolver tudo ao mesmo tempo. E desistem no meio.

O segredo é começar com poucas metas bem executadas. A consistência importa mais que a quantidade.

A Sustaneo pode te ajudar a estruturar essas metas com base no que sua empresa já faz, no que ela quer construir — e no que o mercado espera de você.


Porque ESG só faz sentido se for vivido, não só declarado.

Vamos estruturar essas metas juntos?

Escrito por

Paulo Rato

Paulo Rato

Bacharel em Gestão Ambiental (EACH-USP), especialista em Gestão, Empreendedorismo e Desenvolvimento de Negócios (PUC-RS).