Dezembro sempre traz aquela sensação de fechamento de ciclo, mas também de oportunidade. É o momento ideal para tirar o pé do acelerador, olhar para o que aconteceu ao longo do ano e, principalmente, entender onde sua empresa realmente está hoje. Sem esse ponto de partida, qualquer planejamento para 2026 será apenas uma lista de desejos — e não uma estratégia.
Quando falamos de ESG, esse cuidado é ainda mais necessário. Muitas empresas acreditam que já têm práticas sustentáveis ou que “fazem o básico”. Mas, na maioria das vezes, esse básico não é estruturado, não é mensurado e não gera impacto estratégico. Diagnosticar é, portanto, separar percepções de realidade.
O processo começa com uma análise sincera do ano que está terminando. O que funcionou de verdade? Quais projetos ficaram só no papel? Houve avanços concretos ou apenas movimentações pontuais? Essa revisão não é sobre julgamentos, mas sobre clareza. A partir dela, é possível mapear riscos, identificar oportunidades e compreender como fatores ambientais, regulatórios e sociais influenciaram o negócio em 2025 — e como continuarão influenciando no ano seguinte.
Outra etapa crucial é avaliar a maturidade ESG da organização. Muitas empresas já realizam ações ambientais e sociais, mas não possuem indicadores, metas ou um mínimo de governança para sustentá-las. Sem esse alicerce, ESG vira uma sequência de iniciativas desconectadas. O diagnóstico deve responder, objetivamente: “Qual é o nível atual da empresa? O que existe, o que falta e o que precisa ser priorizado?”.
Por fim, um diagnóstico completo precisa olhar para pessoas. Cultura, comunicação interna, alinhamento da liderança e responsabilidades claras fazem parte do processo. Não há sustentabilidade sem gente — e sem engajamento.
Quando tudo isso se une, o resultado é um “raio-x” realista do negócio. É isso que permite criar um planejamento estratégico de 2026 mais sólido, prático e possível. Planejar bem não é prever o futuro; é compreender profundamente o presente.
